Minha maternidade atípica – Relatos da Enfermeira Taciana Nunes
A enfermeira é mãe da pequena Eloá de 4 anos, diagnosticada com T.E.A. (Transtorno Espectro Autista) desde 1 ano e 8 meses.
Com muito carinho, fez seu relato de como lida com a maternidade, de modo a ajudar outras mães e pais que desconhecem o assunto.
A descoberta
O primeiro sinal que Taciana percebeu, foram os padrões irregulares de sono, como insônia, poucas horas de sono e noites sem dormir. Eloá passava as noites em claro e dormia durante o dia, desde a saída da maternidade.
O segundo sinal, foi a falta de vínculo durante a amamentação, isso porque a Eloá não fixava o olhar.
O terceiro sinal foi a falta de interação com outras crianças na escola, considerando que Eloá começou a frequentar o berçário aos 6 meses.
Erros e acertos
O maior erro, é deixar a culpa te machucar e não procurar ajuda por medo do diagnóstico, pois quanto antes diagnosticado mais cedo se inicia o tratamento e uma melhor qualidade de vida futura a criança terá.
O maior acerto é “sempre confiar na intuição de mãe”.
Atualmente aos 4 anos, após a confirmação do diagnóstico por uma equipe multidisciplinar (Psiquiatras Infantis, Terapeuta Ocupacional, fisioterapeuta e psicólogo) e as intervenções devidas, Eloá consegue ter uma rotina de vida com qualidade, nas quais o T.E.A. não interfere. Considerando que ela tem um nível leve, e que o Transtorno tem suas classificações e cada caso é um caso.
Taciana ressalta o apoio que recebe da APEAU (Associação de Pais Espectro Autista Ubatuba), sendo de fundamental importância, e acredita que toda família que convive com este espectro deveria procurar a Associação em busca de apoio.
Dicas
Identificar a mãe ou a criança com a pulseira, ou colar do autista: mercados, aeroportos, hospitais, locais públicos e aglomerados.
Ter sempre os laudos em mão
Informar a escola
Fazer a carteirinha do autista
Ter conhecimento sobre a LEI 3281 (Lei de Prioridade)
Taciana usa suas redes sociais para dar dicas, compartilhando a rotina da Eloá.